terça-feira, 22 de julho de 2008

sapatos pra dois

Sentado ali, levando o mundo de costas, olhou pela janela e viu o amigo que há muito tempo não tinha noticias. Sentiu saudades. Não da velha amizade que se diluíra no tempo, mas de quem costuma ser naqueles anos de espera. Transformou-se não sabia em quê nem quando, mas certamente não correspondia as expectativas daqueles tempos. Viu-se em desespero por ter se resumido a clichês e frases de efeito. O amigo estava ali, ao alcance dos sopros, mas longe demais das mãos, assim como a imagem nublada de um futuro promissor que não se concretizou. A ansiedade da chegada em qualquer lugar cedeu espaço à angústia que já sentira, tinha certeza. Como os anos que separavam a amizade do que agora havia, foi embora, carregando consigo uma única conclusão: o mundo estava pesado demais.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

BRO HYMN

Auto-ajuda (no sentido literal)

O blog é meu e eu faço o que quiser dele.

Totalitarismo à parte, o que eu quero dizer é que não se pode esperar de uma menina de dezoito anos a consciência de uma mulher. Uma vez que publico aqui mais pra mim que para os outros, decidi publicar o que saiu da minha cabeça agora e (pasmem!) mudou radicalmente meu modo de encarar as coisas. Quem disse que café, sex and the city e melhores amigas não são um bom remédio não sabia o que se passava na minha cabeça. Até então.


Eu sou completa. Em todos os aspectos e pedaços da minha vida. Sou plenamente realizada no que decidi seguir carreira, gosto dos meus amigos e de quem eu sou (pelo menos internamente, vai!). Dito isso, a busca incessante e irracional por alguém que 'me complete, me proteja e me compreenda' será adiada até...pra sempre.
Não que eu seja adepta da tal filosofia de 'regar o jardim e esperar as borboletas', pois não quero borboletas(?), muito menos esperar por alguma coisa. Minha vida vai continuar sendo inconstante, esquisita e meio recriminável. E eu adoro.
Não preciso que me protejam, acredite. Um metro e oitenta e ainda quero uma muralha? Compreensão eu tenho guardada em casa ou a um telefonema de distância. O que eu preciso é de impulso, coragem, determinação, auto-controle. Tudo isso tem que partir de mim!
Minhas amigas são as melhores sendo do jeito que são e me fazem como eu sou, acho que estou bem nesse aspecto. Minha família, por mais esquisita (não caberia disfuncional depois do verdadeiro significado) que seja, sempre vai estar ali, do outro lado do corredor. Isso me basta. Do resto cuido eu.
Eu sou completa. Demorei dezoito anos e cinco mil tropeços pra descobrir, mas veio em boa hora. Eu sou feita de carne, osso, gordura (mal) localizada e milhões de outras coisas (pernas em excesso, auto-estima em baixa). Sem espaço para complementos alheios. Isso não quer dizer que estou colocando o amor abaixo, mas amor não vem de uma forma só e, de verdade, minha vida não se resume a de outro alguém. Eu sou completíssima, pode acreditar. Eu acredito!


Isso pode não significar nada pra outras pessoas, mas mudou meu mundo em algumas palavras.

@ Los Hermanos - mas só as músicas felizes