quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Radicalismo e compaixão.

Tenho comportamentos quando estou sozinha que são sempre os mesmos.

Tomar chá assistindo sex and the city, refletir sobre o que vem acontecendo na minha vida enquanto como, fazer barulho procurando coisas (cabo de ipod, algodão, meias grossas, camisetas que sirvam de pijama...), pintar as coisas com esmalte (tudo menos minha unha, não acredito em auto-manicure), olhar alto aqui do 13º andar.

E no meio desse caos sistêmico que eu mesma crio madrugadas afora, sempre chego em conclusões que a luz do dia não me permite chegar. Eis uma delas:

Eu não sei lidar bem com liberdade, com a total liberdade de ser, pensar, fazer, voltar e ter sempre alguém ali ao lado. Tenho tomado minhas próprias decisões há algum tempo, mas parece que só hoje consegui perceber. Hoje percebi que são decisões só minhas, que influenciam em outras pessoas, mas cujas consequências sempre vão pesar mais em mim. Tenho sido relapsa comigo mesma, desorganizada, consentindo com a falta de pulso. Minha falta de pulso numa situação de liberdade total, de todos os lados. Liberdade de escolher, de me arrepender, de surtar e de pedir desculpas. Eu preciso dar um jeito nisso já! Não preciso criar regras, mas botar na minha cabeça que tudo tem seu tempo e que algumas coisas precisam, sim, ser priorizadas. Eu preciso ME priorizar, mas sendo menos gastadora do meu tempo com coisas que importam menos no somatório do ano.

Esse ainda não é o post mais nostálgico que eu vou escrever em 2011, tenho certeza. Mas serve de resolução única de ano novo e um contrato para mim mesma: foco.