quarta-feira, 12 de setembro de 2007

“Fora com sua cabeça!” disse, sem mesmo olhar em volta.

Eu tento me esforçar durante dias pra escrever sobra alguma coisa interessante. Penso, leio, ouço. Nada. Não sai nada, sempre fica difícil encaixar um começo pra conclusão ou um fim pra “enrolação” do meio. Depois de todo esforço não recompensado por qualquer pensamento aproveitável, acabo ouvindo alguma coisa que me indigna e...pronto! Flui.

Eu admito, não sou a pessoa mais desapegada do mundo. Minha roupa não é feite de cortina e eu penteio o cabelo. Tá, não pára por aí, chega até ao exagero, beirando ao ridículo algumas vezes. Só que, de forma alguma, minhas futilidades e caprichos vêm em primeiro lugar. Pessoas sempre vêm antes. Sentimentos vêm antes. Algumas outras coisas também (músicas que me lembram, que me fascinam, que me confortam, que me animam, por exemplo). E nessa lista, o que vem por último, é a maldade. Maldade pra mim é agir com a única intenção de magoar. Isso eu nunca fiz. Maldade é falar com desprezo sobre quem não pode ouvir. É insultar sem dar direito a resposta. É estar ocupado demais pensando no incidente da balada sexta passada pra parar pra pensar no que fala. Maldade é sentir nojo de uma falha imprevisível. Mais maldade ainda é sair por aí comentando como essa falha é repulsiva. Eu tenho nojo. Nojo da maldade, nojo do descaso, nojo do vazio. Nojo do teu nojo.

Acho que essa foi minha grande lição na faculdade. Essa foi a coisa mais importante que eu aprendi neste ano e, provavelmente, a coisa mais importante que eu vou levar desses 4/5 anos de UFPR. Eu aprendi nesses primeiros meses de aula a aceitar. Aceitar que as pessoas são diferentes. Que se vestem, se comportam e pensam de maneiras completamente diversas e que não há nada que se possa fazer, a não ser aceitar e aproveitar (exatamente através destas diferenças) o que essa pessoa tem de melhor. Julgar é uma coisa cada vez mais alheia ao meu vocabulário. Deve ser por isso, por esse desapego a depreciação, que eu me incomodo tanto com comentários maldosos. Eu não sei como é possível alguém estar tão cego a ponto de não enxergar o óbvio, ou tão surto a ponto de não ouvir o que diz. E repete.

O que eu quero dizer é: chega, garota! Chega de viver no seu mundinho 3x4 cercada de felicidades instantâneas patrocinadas pelo papai. Comece a olhar pela janela, não pela televisão. Comece a sentir que nem todos nasceram com a sorte de ser tão perfeitos como você é. Ou pior, perceba que nem todos nasceram com a sorte de ter os recursos que você dispõe pra esconder tuas imperfeições. Se olhe no espelho! Só que, pra distorcer menos a tua realidade maquiada, tira esse rímel, desce do seu salto e deixa teu cabelo sem escova, tinta e outras ‘cositas mas’. Entenda que você não é a rainha de copas e que não dá pra cortar as cabeças de quem te dá nojinho.

@ Authority Zero- Lying Awake
Elis Regina- Fascinação (música-trauma impossível de ser cantada por qualquer outro ser humano, senão Elis Regina)


eu sinto muitissimo pelo pessimo post, mas quando começa a se formar na minha cabeça eu perco o controle.

2 comentários:

Unknown disse...

aeeeeeee! eu sei quem é a musa inspiradora desse pooost =)
absurdo mesmo haha mas uma hora ela aprende que existem coisas mais importantes do que "quem é ex de quem" (pelo menos eu espero)

=****
agora vou dormiir

Vovó Beth disse...

Jackie, P A R A B É N S,

Você está mesmo crescendo, enão estou falando de altura, mas de crescimento interno. Continue assim, percebendo a vida à tua volta, este já é um grande passo para ser um ótimo profissional, não importa a área de atuação.